sexta-feira, 8 de agosto de 2014

Marcelo Tas fecha a 18ª Semana da Educação


O jornalista e apresentador Marcelo Tas encerrou na noite de ontem, 7, a 18ª  Semana da Educação com a palestra: “Que língua fala a molecada digital? De forma descontraída, apresentou aos docentes sugestões de como lidar com a internet em benefício dos alunos, além da importância de saber ouvir as redes sociais, ter atenção e responsabilidade ao usá-las.



Tas, após a palestra, contou sobre sua carreira profissional e do trabalho como âncora do Programa CQC, da Band, abrindo perguntas ao público. Também fez imagens do evento, que postou na hora em sua  página no facebook. “Comunicação não é o que eu falo e sim o que as pessoas ouvem. Às vezes, é lindo o que falo, mas é preciso saber se o outro entende”, disse.
Em entrevista ao Departamento de Educação, Marcelo Tas falou sobre a linguagem digital na educação. Confira.





Depto. de educação - Qual a necessidade de se ter novas linguagens nas mais diversas mídias hoje em dia?

Marcelo Tas - A gente vive uma mudança gigantesca por conta da revolução digital, que é bem diferente das outras coisas que já aconteceram. Isso, porque ela inverte a direção da comunicação e criou várias linguagens novas. Antes, ficávamos só recebendo as mensagens da televisão, rádio, jornal e revista. Com a tecnologia começamos a falar, a dialogar com esses veículos, e é essa linguagem que, creio, traz muitos ruídos, claro. Tem muita bobagem, mentira, muita coisa errada e, ao mesmo tempo, muitas oportunidades especialmente para a educação. É uma coisa que a geração que está sendo educada usa com muita naturalidade; a molecada digital como eu chamo. Penso que nós, que nos interessamos por educação, temos que debater,  entender como usar as oportunidades dessa revolução para fazer o que interessa, que é promover uma educação, convivência e um entendimento de qualidade para todos.


Depto. de educação - Qual a importância dos docentes saberem trabalhar isso com as crianças?

Marcelo Tas – Bom, agora não vai mais precisar de professor (risos). Esse é o grande erro. Esse é o raciocínio que algumas pessoas têm apressadamente.  Agora que já se tem toda informação, não precisa mais de professor. E é justamente nesse momento que precisa mais. Eu creio que é na revolução digital onde o docente vai poder ocupar o seu papel essencial, que é promover o discernimento, que é a virtude mais em falta hoje. Com tanta informação, com essa avalanche de dados e de ruído também, ele é a referência; deve ser o cara que promove o debate, a reflexão, o questionamento. Agora, tem que ser um profissional diferente. Não pode mais ser aquele dos moldes pré-digitais, em que era o único provedor de informação. Ele era o dono da verdade, que carregava o livro debaixo do braço e o enfiava pela goela dos alunos. Agora  tem que entender que a chance dele é muito maior de ocupar o seu lugar, que é ser o inspirador desse pessoal, ser a referência. E tem outra coisa que eu sugiro com toda humildade aos professores, que é aprender com tudo isso, inclusive com os estudantes. Quer dizer, também se colocar como aprendiz dessas ferramentas que todos nós estamos aprendendo. Não é que a molecada sabe mais que o mestre. A molecada tem mais, vamos dizer, desprendimento para aprender do que a minha geração, que é a que recebeu a mudança. Então eu faço sempre isso... eu procuro aprender principalmente com meus filhos, que são os caras que me dão todas as dicas.


Depto. de educação - Como você define o papel da internet?


Marcelo Tas - A internet é a ferramenta do presente. Ela já é a principal inovação do mundo em que vivemos. Os negócios todos hoje acontecem por meio dela. Quando, por algum motivo, e isso acontece muito, porque nós estamos em uma fase ainda inicial, a internet cai, para tudo. Não tem voo, não tem banco, nem pagamento, entendeu? A internet já é para todos nós, até para quem nunca a usou.  Uma tia minha, no interior de Ituverava, na divisa com Minas, mais do outro lado no norte do estado, nunca navegou na internet. Mas, ela sabe que quando vai comprar um liquidificador, pede para a empregada fazer uma pesquisa. Sabe que pode encontrar um aparelho mais barato; que não é da maneira que  fazia antes,  que era ir na loja na esquina como tinha lá em Ituverava.  Ela tem consciência de que  há ferramentas hoje para ajudá-la a comprar, tomar decisões domésticas, por exemplo, mesmo sem nunca ter usado essa tecnologia.












quinta-feira, 7 de agosto de 2014

Gustavo Cerbasi, um dos maiores escritores e consultores do país, fechou a terceira noite da Semana de Educação


Considerado um dos 100 brasileiros mais influentes pela revista Época, em 2009, o administrador Gustavo Cerbasi falou, de forma simples e didática, sobre economia familiar e como Pais inteligentes enriquecem seus filhos, aos mais de  800 convidados da noite. Casado, pai de três crianças e com apenas 40 anos, Gustavo destaca que desde 2005 já havia conquistado suaindependência financeira. “Meu estilo de vida era muito simples. Naquele momento não precisava mais trabalhar. Isto me levou a recusar todos os trabalhos de que não gostava. Comecei a focar só no que me fazia bem. Consequentemente, fui trabalhando cada vez melhor. Educação financeira é para que as pessoas vivam melhor”,  afirmou.




A motivação em investir dinheiro veio de um professor de educação financeira, ainda na época da faculdade. Gustavo seguiu bem as regras e a cada aumento de salário continuava com o padrão de vida anterior. “Se ganhava mil reais e tinha um aumento para mil e quinhentos, não elevava meus gastos. O acréscimo do salário era investido. Fui privilegiado em trabalhar em locais que permitiam esse crescimento. Investi em ações da Bolsa de Valores sabendo o que estava fazendo”, explicou.


De acordo com o consultor, a maioria das pessoas tem uma ideia do que é preciso fazer para ter sucesso financeiro. “A fórmula é saber gastar. Se você pode comprar um carro de 30 mil, prefira um de 20. Adote um estilo de vida mais simples, para que este estilo seja rico em experiências, em liberdade e, caso aconteça um imprevisto, a pessoa tem uma reserva para não entrar no vermelho”.



Para os docentes, o palestrante deixou uma dica: “Trabalhe o tema dinheiro com os alunos de forma interdisciplinar. Explore a diversão, desenhos, pois, por meio da brincadeira tiramos lições de vida. Faça isto nas aulas de matemática, ciências sociais entre outras”.


Opinião
Para Cláudia Lemos, educadora da Emeb Santos Cabral, o tema abordado traz conhecimento tanto para a vida pessoal quanto para a profissional. “Além de professora há 23 anos, sou mãe. Quero aliar este aprendizado às duas coisas”.
Joana D’Arque Pereira Redher, estagiária da Emeb Carvalho Pinto, disse que o assunto acrescenta conhecimento para orientar pais, alunos e familiares. “Muito interessante. É importante para aplicarmos no nosso dia a dia”, garantiu.



Apresentação de alunos
Antes de iniciar a palestra, alunas da Emeb Iracema Carvalho Arten fizeram apresentações de dança caracterizadas de Charles Chaplin. A coordenação da atividade foi da Supervisora de Ensino Dulcelene Aparecida Abreu Tonon.




















Marcelo Tas é o palestrante desta quinta-feira

Na noite desta quinta-feira, 7, a partir das 20h, Marcelo Tas fecha o ciclo de palestras da 18ª Semana de Educação. O apresentador do programa CQC da Band falará sobre: Que língua fala a molecada digital?










quarta-feira, 6 de agosto de 2014

Semana da Educação reflete sobre o TDAH em sala de aula

 Palestrante orientou os profissionais sobre como lidar com a desatenção, hiperatividade e impulsividade nas crianças


 Na segunda noite de palestras, nesta terça, 5, a 18ª Semana da Educação recebeu a médica psiquiatra Ana Beatriz Barbosa Silva. A profissional falou a quase 800 pessoas sobre Mentes inquietas – TDAH: desatenção, hiperatividade e impulsividade. Dentre inúmeras atividades, ela fez consultoria à novelista Glória Peres, em Caminho das Índias, para a construção da personagem Yvone, uma psicopata, vivida pela atriz Letícia Sabatella e, novamente, auxilia a autora em outro trabalho.



 Ana Beatriz realizou uma palestra descontraída. Filha de educadores, a médica destacou que o professor pode perceber alguns sinais de TDAH nos alunos e, que nesse momento, o apoio e afeto são fundamentais. “O afeto entre o docente e a criança com déficit de atenção pode mudar tudo. Os portadores de TDAH são extremamente amorosos e fazem tudo para agradar as pessoas”, explicou. Ao longo da apresentação, orientou sobre como identificar alguns sintomas da doença e sobre como proceder em sala de aula.



 Logo no início revelou que é portadora do TDAH (Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade). O diagnóstico foi aos 19 anos, quando participava de um congresso internacional. “Fui ouvir um trabalho sobre suicídio infantil. No entanto, perdi o horário e acabei entrando em outro. Quando vi, estava diante do professor John Ratey, um dos maiores autores sobre TDAH. Parecia que falava sobre mim. No dia seguinte o procurei, fiz alguns testes e fui diagnosticada. Voltei para o Brasil, comecei a tomar os medicamentos e tudo mudou. É como ter miopia e não usar óculos. A vida fica toda embaçada. Um dia você coloca os óculos e descobre que ela é cheia de detalhes”, disse.




  Sobre o TDAH
 O TDAH inicia na infância e os sintomas podem perdurar em 70% dos adolescentes e adultos. O transtorno atinge tanto meninas quanto meninos. Em média, 6% da população em geral sofrem com o problema. Entre crianças em idade escolar o índice pode variar entre 8 e 10%. “Quando adultos, não que os sintomas desapareçam, mas as pessoas aprendem a lidar melhor com a situação. O déficit de atenção não tem cura. No entanto, há tratamento”, explicou.



 Público marca presença
 Para a psicóloga Marina Antunes Catunda Campos, este é um tema que não pode faltar na Semana da Educação. “Palestras como esta trazem informações e esclarecem muitas dúvidas. A psicologia estuda muito sobre o tema. Por isto, é importante ouvir profissionais renomados falarem sobre TDAH. Uma equipe multidisciplinar é necessária para o acompanhamento adequado dos estudantes”, defendeu.





Maria Isabel Marrique, assistente de desenvolvimento da infância da Emeb Iracema Carvalho Arten, também concorda com a psicóloga. “Após os ensinamentos da médica será possível trabalhar melhor com as crianças portadoras de TDAH. A palestra veio nos dar uma direção”, destacou.
 Vera Cristina do Prado, educadora na Emeb Cleonice Nascimento Pinto, afirma que o tema é uma preparação para a inclusão de crianças. “Estas informações são importantes para trabalhar o dia-a-dia em sala de aula”.
 A Semana da Educação ocorre anualmente e é realizada especialmente para os profissionais da rede municipal. A próxima palestra, nesta quarta, 6, é de Gustavo Cerbasi – eleito em 2009 um dos brasileiros mais influentes, segundo a revista Época.















terça-feira, 5 de agosto de 2014

Eduardo Shinyashik abre a 18ª Semana da Educação


O escritor e consultor Eduardo Shinyashik realizou a abertura da 18ª Semana da Educação na noite de ontem, 4, com grande público no Theatro Municipal de São João da Boa Vista. Ele discorreu sobre as “Estratégias vencedoras: atitudes e ações que transformam desafios em conquistas”.


Para o palestrante, os pequenos detalhes são fundamentais para se chegar às conquistas. “As pessoas não se dão conta de que as estratégias vencedoras valem para quem está sempre atento e sabe aonde quer chegar”. Shinyashik ressaltou como o professor deve estimular a criança. “Muitas vezes uma pergunta não é feita: Qual o seu sonho? Às vezes, o educador acha que o conteúdo é mais importante que isso. Primeiro a gente precisa entender qual é o sonho e trabalhar sobre ele, para que esse seja concretizado. Nós lidamos com futuro, com vidas.”





















Janaina Vieira leciona no maternal da emeb Miguel Jorge Nicolau. Ela destacou a importância de se evolver os alunos naquilo que é ensinado. “Nós trabalhamos muito com o lúdico e sempre deixamos eles trazerem materiais que serão utilizados no aprendizado. Com a palestra, aprendemos novas maneiras de despertar a imaginação nas nossas crianças”.
A professora da emeb Cleonice Nascimento Pinto, Lilian Scalia, ressaltou que a Semana enriquece o conteúdo dos profissionais para as atividades diárias. “Nós sempre buscamos envolver os alunos por meio de conversas e experiências delas. Ver a autonomia, o emocional e as atitudes que desenvolvem ao longo dos anos é muito gratificante”.

















Apresentação cultural

Antes da palestra, na abertura do evento, o corpo coreógrafo da emeb José Procópio do Amaral apresentou a dança Alice no país das Maravilhas. Destinada aos profissionais da área educacional, a Semana é uma realização da Prefeitura de São João e do Departamento de Educação e acontece até quinta-feira, 7.  Nesta terça, a palestrante será a psiquiatra Ana beatriz Barbosa e Silva, que discutirá sobre o tema: “Mentes inquietas -TDAH – Desatenção, Hiperatividade e Impulsividade”.